segunda-feira, 3 de maio de 2010

Hoje eu tô particularmente feliz.
Feliz de doer.
Motivo: caiu nas minhas mãos o livro Pio Vargas - Poesia Completa, organizado pelo Carlos William e publicado pela R&F.
Cara, o Pio já tava merecendo esse livro.
Porque o establishment da literatura feita em Goiás, boicotou o Pio até mandar falar upa.
Motivo: o Pio era talentoso, inteligente, criativo, moderno.
Um escritor, na real.
Não um escritor fabricado pelos compadres, como é a maioria dos "escrivinhadores" dessa terra.
O Pio é o maior poeta de Goiás, de todos os tempos.
Melhor que Gilberto Mendonça (eu não gosto muito do Gilberto); melhor que Afonso Félix (eu adoro Afonso); melhor que toda essa tranqueira que continua viva e fazendo "poesia", mas que não suporta meia hora de leitura séria e atenciosa.
Por isso esse livro chegou na hora certa.
Porque o establishment tirou Pio das bibliotecas (inclusive a que leva seu nome); porque os metidos a escritores boicotaram Pio até esconderem um poema seu que foi classificado em primeiro lugar num concurso sobre Goiânia.
Poema que bateu todos os "melhores" da cidade. TODOS!
Porque fizeram tudo para esconder o talento do cara.
Agora, esse livro resgata a real: Pio Vargas é o melhor poeta goiano de todos os tempos.
Melhor sem empáfia.
Só melhor.
Na boa.
Na real.
Na real dos fatos e não dos papos dos compadres que vivem de lançar novos e novos "artistas", gentinha miúda que mal disfarça a esmola.
Hoje eu tô feliz, porque tô falando de um artista de verdade.
Coisa rara nesse goiazinho véio de guerra.
Pio Vargas era coisa rara.
Como ele bem disse:
"A mim pertence
esse mistério:
ser bem claro
mas ser raro
como um favo
de minério".
Hoje eu tô tão feliz, menino Pio, que até vou tomar uma ceva em sua homenagem.
Vamos?